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domingo, novembro 16, 2008

[Resenha] Show do Judas

Saímos cedo. Seguimos de carro até o Credicard Hall, uma viagem curta. Conseguimos estacionar rápidamente, em um lugar simples e de fácil acesso.



Para quem nunca foi, devo dizer que o Credicard é um lugar grande. Alto, bem estruturado, com um enorme pátio ao redor, onde milhares de metaleiros se reuniam em grupos monocromáticos, na noite do dia 15 de novembro. Mulheres lindas desfilavam suas curvas em modelos ousados, curtos e provocantes. Só os cabelos eram coloridos, em contraste. Em todos os carros se ouviam trechos de músicas de uma só banda, a que faria todos gritarem em uníssono em breves instantes.

Entramos, e subímos através de dois lances de escadas rolantes até o andar superior. Era alto demais. Passeamos um pouco pelo local, onde é possível ver os "bares" bem distribuídos, todos rodeados de pessoas vestidas em preto, bebendo, rindo e conversando. Todos bem humorados.

Conversamos com algumas pessoas e elas sempre se mostraram receptivas e amigáveis. Tanto que me fez chegar à conclusão de que é um paradoxo terrível a sociedade nos temer.

Ok. Os momentos escoam através dos copos transparentes, e nós aguardamos a famigerada hora em que tudo se iniciaria. Visitamos os toaletes (facilmente localizáveis e limpos) várias vezes.

Entramos e subimos até os nossos assentos (errados). Conversamos um pouco, fui ao banheiro novamente e voltamos aos assentos certos, desta vez.

E aguardamos os últimos 10 minutos em excruciante espera.

As luzes se apagaram, todos gritaram, excitados. Uma multidáo se esmagava na pista abaixo de mim, enquanto AC/DC cuspia das caixas Back in Black; Depois dessa, War Pigs, do Black Sabbath encheu nossos ouvidos. Depois, o escuro.

As cortinas escuras se abrem, revelando o palco. As cruzes-símbolo da banda se encontravam lá, erguendo plataformas onde os titãs caminhariam. Dawn of Creation, do CD Nostradamus, começava a tocar, enquanto todos atingiam crescentes espasmos de loucura e expectativa. O palco estava vazio, exceto pela monstruosa bateria, que não ficaria sozinha por mais tempo: Scott Travis veio até ela, se ajustou e obrigou o monstro a soltar sua música forte, esmagadora.

Logo vieram os dois guitarras, K. K. Downing, em uma belíssima Flying V, e Glenn Tipton, em sua confiável Explorer; já iniciando a ótima Prophecy. Eram amalgamados aos seus instrumentos, não eram coisas separadas. Com eles, Ian Hill e seu baixo, indo plantar-se no canto do palco, de onde suas raízes não se moveriam.

Por último, o monstro: Rob Halford.

Aqui é necessário abrir um parêntese. Você já ouviu muitos discos com a voz do cara. Você já se acostumou com o seu timbre e potência vocálica.

Mas algo está diferente. De repente, os agudos do cara que você ouviu quinhentas vezes antes te assustam: São muito mais fortes do que você esperava. Rasgam-te ao meio, como uma faca afiada. A voz dele é muito mais potente ao vivo. É alta, forte, potente, esmagadora, gigante.

Fecha parênteses.

Ele canta Prophecy com um manto prateado e um cajado com o símbolo da banda.

O show se desenrola, nunca um ponto baixo. Eu grito do início ao fim, minha voz falha, mas mesmo assim, não consigo me conter.

Numa música, Halford sai de dentro do palco, através de uma espessa cortina de fumaça e luz vermelha, sentado num trono e empurrado por um assecla encapuçado em um manto longo e marrom. A música era Messengers of Death. Lenta e grave.

Eles tocam Painkiller e o mundo desaba. O baterista brinca no meio da frase de abertura, pedindo ao público a participação esperada: todos gritando "Hey! Hey! Hey!", em uníssono. O vocal entra rasgando e termina rasgando.

Noutra, ele entra de Harley: o motor é ensurdecedor. Rouco, pesado, a imagem do metal. Ele canta Hell Bent for the Leather montado nela.

E lá a moto fica, o resto do show.

Até que ele entra com uma bandeira do Brasil enrolada sobre os ombros. O público vai à loucura! Afinal de contas, nem mesmo num DVD gravado ele fez algo sequer semelhante! Ele brinca com o povo, fazendo com que cantemos seguindo seus ritmos e tons. Eu me esgüelei, mas consegui a maior parte. E é aí que percebemos por que ele está no palco e nós não: por que não fazemos o que ele faz. Ninguém pode. Não igual. Dificilmente melhor.

Ele beijou nossa bandeira, novo delírio em massa, e a estendeu sobre a moto, onde ela ficou até o final do Show, já próximo.

Não há sensação próxima a ouví-los ao vivo. O show rolou das 10:10 (no máximo) até 5 para Meia-noite. Eu demorei mais pra escrever isso do que o Show em si. Poderia ter ficado lá, gritando por mais quatro horas, que ainda assim não teria saído satisfeito.

Mas saí de lá com a alma nova, com fôlego novo.

Resumindo: Do caralho.

7 Falatórios:

Francisco Ferreira disse...

MARA...





...é, mais nada a dizer, MARA.

Anônimo disse...

É. Não existem palavras melhores pra descrever o show do que "puta que pariu".

É demais.

Ricks! disse...

Éééé...

E pensar que eu e o Chico já gritamos que nem franguinhas num show do ANGRA !?! Pfff....

Imagina então num show do Judas.
Reflita. xD
Eu queria ter visto a Demonizer, ou a Painkiller, ou o show inteiro, quem sabe. =D

Enfim, ano que vem MAAAAAAIS uma chance de ver a Donzela de Ferro.
Nem que eu arraste uma das donzelas ai pelos cabelos (esparsos ou não), porque alguém vai comigo. Afinal, quem que vai ficar do meu lado gritando que nem uma tiete enlouquecida? xD
Até o humorista vai querer ir. =D

Atitudes galináceas a parte...


That's all, FUCKS.

Truno, Uelcômi tú dê jângol ófi dê MÉTOUU... xD


See ya next time.

Anônimo disse...

Hail!

A Demonizer eles não tocaram não!, mas a setlist foi muito boa.

Gostei da Painkiller. O baterista BRINCOOOOOOU na frase da intro!

Fodástico.

Francisco Ferreira disse...

Ah é!
Esqueci de comentar uma coisa: agora vc já é uma colegial deflorada.
XD

Anônimo disse...

É. E eu virei uma ninfo, de tão boa que foi a primeira vez!!!

Ricks! disse...

Pena que o Halford não vai querer levantar a sua sainha, OU VAI ?
hAUKeHAUehAUKehAKUehKUAEhkuhekU
xDDDD~~